Pular para o conteúdo principal

A inesquecível estupidez de Serra contra a OEA

Por Genaldo de Melo
Bandeira da Organização dos Estados Americanos
Fiquei sabendo de uma das maiores estupidez da diplomacia brasileira recente na leitura de artigo de Marcelo Hora, em que o mesmo descreve como um homem que pela experiência política que carrega, em vez de respeitar as prerrogativas das regras que são estabelecidas nos tratados, protocolos e convenções internacionais, ele agride de forma estúpida com palavras de baixo “calão”.

A proeza ficou por conta do Chanceler interino José Serra, que “após receber documento oficial da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos, pedindo informações sobre o processo de impeachment sem crime, ele afirmou, com grande tato, que o documento é ‘besta e malfeito’ e que ‘o Brasil não tem que responder nada”.

Desde que a razão se tornou instrumento de dominação política até mesmo nas mais precárias democracias do mundo ainda não se viu tamanha estupidez diplomática de um homem público, com a prerrogativa de lidar com diplomacia internacional.

Talvez pela minha ignorância em matéria de história, ainda não vi relato de tamanha falta de respeito em relação às objeções feitas por organismos internacionais que somos obrigados a cumprir.

Uma atitude dessa natureza além de transformá-lo em um político mesquinho e estúpido com roupa de diplomata, também revela um pouco de caráter para compromissos, pois a Convenção Interamericana de Direitos Humanos da OEA, mais conhecida como Pacto de San José, foi promulgada na nossa ordem jurídica interna em 06 de novembro de 1992, e mediante mensagem  de nº 1070 em 1998 enviada ao Congresso Nacional em regime de urgência, em que o Brasil passou a reconhecer como obrigatórias e vinculantes, as sentenças da Corte Interamericana de Direitos Humanos.

Ou seja, as sentenças da Convenção não eram obrigatórias, eram facultativas, mas o Governo de Fernando Henrique Cardoso, do qual José Serra fez parte como ministro, tornou a mesmas obrigatórias e vinculantes por força de lei. O que significa dizer que a Corte da OEA pode sim pedir explicações ao Brasil sobre o que quiser, e graças a uma decisão da equipe que Serra fez parte, o Governo que ele faz parte hoje é obrigado sim, a responder!

Serra tem cumprido exatamente o “script” diário do medíocre ministério formado pelo quarteto fantástico (Michel, Romero, Padilha e Geddel) de homens que não se passa um dia em que não se percam na palavra. Quem é mesmo a besta dessa história toda de estupidez diplomática? 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LITERATURA

 

A cada dia aumenta o número de pré-candidatos em Feira de Santana, agora é Dilton Coutinho

Por Genaldo de Melo Mais um nome entra na fogueira das discussões e cogitações para ser candidato ao Paço Municipal em Feira de Santana, e o assunto não deixa de ser cogitado hoje em rodas de conversas, jornais, sites e blogs, além do mundo política da cidade. Dessa vez surge como candidato o radialista Dilton Coutinho, nome bastante conhecido nos meios de comunicação local. Ontem em entrevista no seu programa Acorda Cidade na rádio Sociedade de Feira FM o deputado federal Fernando Torres (PSD) disse ser pré-candidato a prefeito, mas caso Dilton resolva ser do mesmo modo, ele oferece seu partido para abrigar o comunicador como candidato: “Eu sou pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, mas se você for Dilton Coutinho eu abro mão. O PSD está a sua disposição amigo Dilton Coutinho”, disse Fernando Torres, presidente do PSD no município. Do mesmo modo a discussão apareceu ontem na Câmara de Vereadores pela vereadora Eremita Mota (PDT e pelo vereador David Neto (PTN).

A verdade sobre o esvaziamento das palavras golpe e "Fora Temer"

Por Genaldo de Melo Com a falta de povo nas ruas a mídia trabalha constantemente o esvaziamento do sentido real da palavra "golpe" que está acontecendo de fato.  A palavra "golpe" repete-se, repete-se, e repete-se como um mantra que perdeu o significado.  Num momento tão crucial como este, em que o projeto de governo eleito pelo voto democrático está sendo trocado por outro completamente diferente e que não passou pelo crivo das urnas, substituíram as grandes mobilizações de massa pela ação individual alegórica, pois se pulverizou a indignação popular apenas na palavra “golpe” nas redes sociais e em cartazes.  É impossível não notar que isso ocorre ao mesmo tempo em que a tradicional mídia jornalística trocou a aguerrida cobertura dos acontecimentos econômicos e políticos por um atual tom de meras trivialidades.  Quem acompanha o noticiário político e econômico não deixou de perceber que a mesma indignação que impulsiona inúmeras matérias jornalísti...