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Ministro pode deixar o STF e virar político

Por Genaldo de Melo
Como juiz e ministro do TSE, Gilmar Mendes, está se saindo “quase” um excelente político, capaz de imprimir opiniões políticas “quase” consistentes. Não fosse a política uma ciência que não combina com a matemática, e caso ele também não fosse um magistrado.

Desde sempre ele deixa claro que não gosta do PT, não gosta de Dilma e não gosta de Lula. Quando ele opina suas preferências pessoais, é uma prerrogativa e um direito constitucional como cidadão, mas quando sua opinião é política, ele não pode, pois ele não é um cidadão comum, ele é um juiz de direito e um ministro do Supremo Tribunal Federal.

Mas isso não vem ao caso, porque ele arrogantemente já extrapolou às prerrogativas da Lei. O que vem ao caso é o que ele disse em recente palestra em Recife sobre um ponto essencial, e que vem exigido pela sociedade, e que Dilma Rousseff colocou em sua carta aos senadores.

Ele classificou “como brincadeira de criança” a idéia de Dilma de pedir a convocação de um plebiscito para a realização de novas eleições, caso ela retorne ao Palácio do Planalto. Ora, e ela não pode caso o Congresso lhe autorize, como o povo quer, como vem dialogando todas as pesquisas? 

Gilmar Mendes disse que não há na Constituição Federal previsão para novas eleições, e se esquece que na mesma também não há previsão de impeachment sem provas de crimes de responsabilidade, como ele mesmo defende. Além disso, ele falou que ela pode não ter votos no Congresso para isso. Virou mágico!


Com uma opinião política dessa natureza, ou ele está literalmente perdendo a noção de seu papel como juiz e ministro, ou então ele realmente resolveu virar político. E em caso de querer ser político provavelmente ele vai ser igual a Michel Temer, sem voto, porque ele não parece homem chegado à cheiro de povo. E este é quem vota!

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